terça-feira, 5 de agosto de 2014

Para que você serve?

 


   Por favor, não fique ofendido com a pergunta tão direta, mas é chegada a hora de nos confrontarmos com nossa imagem no espelho e questionar nossa real utilidade. Isso mesmo! Pois fomos criados iludidos, ouvindo que todos somos especiais. Mas a verdade é que não o somos, embora tenhamos em nós a capacidade de fazer algo com nossa matéria prima. Assim como transformamos minério de ferro em aço, silício em microcontroladores, cimento em infraestrutura e assim por diante, devemos fazer o mesmo com nosso ser. Além disso, essa afirmação de que todo ser humano é especial e único nos torna arrogantes e acomodados e esse texto é para te motivar a se levantar e entrar na forja quente da vida, quando, após muito trabalho, marteladas e aparos, você poderá se considerar um ser útil e único.    


Buscando o seu valor


   Agora, comece respondendo à pergunta acima, buscando em você alguma utilidade. Mas não vale responder que é um bom pai, uma boa mãe, nem que você é um cara legal e trabalhador. Afinal, meu cachorro também é super amoroso, cheio de alegria, dotado de um notável instinto paternal e obedece a todos os meus comandos, embora isso não o torne especial. Ele continua sendo um cão comum, como outro qualquer.
    Gostaria que você elaborasse uma lista de características e habilidades que o tornam indispensável. É nesse momento que sentimos uma espécie de choque, pois muitos de nós não vão achar nenhum atributo real que os tornem pessoas realmente interessantes. Somos apenas pessoas legais e cheias de boas intenções, mas sem muito valor agregado. Entenda-se por “servir para algo” como produzir conteúdo, gerar recursos e prover algo de que as pessoas realmente precisam. A maioria de nós apenas consome e usufrui do que outros fazem e a proposta aqui é que você se torne um produtor de recursos.


   Eu mesmo, quando fiz minha própria lista, fiquei chocado com a dimensão de minha inutilidade. Eu era apenas um invólucro, repleto de boas intenções, com uma constelação de projetos engavetados e milhões de textos e telas impressos em minha tela mental. Enfim, apenas um mero cara simpático e bacana. Além disso, pouco importa o papel social que você desempenha, pois, mesmo como um médico, um advogado ou como um empresário bem sucedido e rico, você ainda pode ser a pessoa mais desinteressante do mundo. O que sugiro é que você faça algo novo e que te diferencie como ser humano, afinal, a grande maioria dos profissionais, independentemente da área, apenas plagia o conhecimento e os paradigmas daqueles que os antecederam, muitas vezes sem ao menos questionar sua procedência ou fundamento, não muito diferente da condição de um legítimo zumbi. O ataque zumbi já começou. Cure-se! E, cuidado, pois o vírus é transmitido pelo pensamento.   




Cadê o meu amor?!


   Então, costumo me divertir muito com o sentido de autoimportância das pessoas, que passa a ser duramente abalado por não terem encontrado sua cara metade. Obviamente, existem outros fatores determinantes para o insucesso na relações afetivas, mas, definitivamente, para se ter um relacionamento maduro e rico, você deve se perguntar: o que tenho a oferecer?  As pessoas reclamam que não conseguem manter uma relação e meu contra-argumento é que tudo que não possui  peso é levado pelo vento. O que você tem a oferecer? Porque alguém desejaria passar o resto da vida dela com você? Por que beijaria apenas os seus lábios? Por que e por quê? Antes de se intitular como príncipe ou princesa, que tal aprender a tocar piano ou começar a fazer uma atividade física a fim de se tornar realmente atraente? Ou dotar-se de uma bagagem cultural abarcante ou saber confeccionar pratos exóticos típicos da culinária oriental? Atente-se para o fato de que isso seria algo básico, mudanças de relativa simplicidade.
  Entenda que as pessoas bem sucedidas em qualquer coisa colecionam uma série de habilidades que as levaram ao êxito e à maestria. Se quiser ser bem sucedido nos assuntos do coração, o ideal é que pare de almejar a paixão de alguém e mude a estratégia para conquistar o orgulho e a admiração dessa pessoa. Faça com que alguém se apaixone por você e você certamente terá a pessoa em questão por um lapso de tempo, mas se você conquista seu repeito, o tempo deixará de existir. Admito que existem muitas pessoas em minha vida das quais gosto, mas são poucas as que admiro.


E Então?


   Levante-se agora e comece a construir sua coleção de habilidades e potenciais. Mas o mais importante é que não sejam atividades unilaterais, mas que abranjam os universos físico, emocional e mental. Na verdade, o que estou lhe propondo é ainda mais simples: seja um gênio! Pois é difícil e dói muito mais viver numa opaca mediocridade.   

 

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Seja um bom fracassado



    Vivemos em um mundo onde somos cobrados o tempo inteiro para sermos vitoriosos e bem sucedidos. São inúmeros os serviços de profissionais que nos prometem o tão obrigatório sucesso e o tão impositivo papel de líder. Mas ninguém nos ensina a fracassar, fazendo com que você acabe se tornando escravo do sucesso e, então, fracassando. 
    Nesse texto, não quero fazer apologia à derrota. Apenas desejo mostrar que há muita beleza em errar e que a maioria das coisas que você almeja com tamanha sede pode não pertencer a você e que, muitas vezes, desistir também pode ser muito bom e libertador.



Com o que aprendemos realmente?


    Vamos lá. Seja franco comigo. Alguma vez você já aprendeu algo com um acerto? Claro que não, pois o acerto não tem nada para ensinar, ele é apenas um atestado de que você realmente aprendeu. Mas é tradicional o cultivo de certo repúdio, quase irracional, pelo fator que mais nos ensina: o erro. A nossa cultura do sucesso tem nos obrigado a não errar em nenhum aspecto das nossas vidas. Porém, como nós sabemos, isso é impossível.

    Tal realidade tem levado as pessoas a empurrarem os seus insucessos para debaixo do tapete e a não olharem mais para eles, deixando de aprender, consequentemente. Quantas pessoas você conhece que admitem um erro? Vejo todos os dias no trânsito pessoas que entrariam em um octógono de MMA, mas não assumem a culpa pela barbeiragem cometida. Namorados passam horas discutindo a relação para sempre chegar à mesma conclusão: a culpa é sua! Também podemos citar os adolescentes que escolhem cursos inadequados para seus potenciais, embora continuem insistindo, mesmo após constatarem que fizeram uma péssima escolha. Prosseguem desperdiçando uma quantidade enorme de tempo e dinheiro apenas para não admitir um fracasso ao selecionarem suas respectivas carreiras.

    Contudo, essas escolhas erradas, na verdade, só estão revelando um pouco sobre o que a pessoa realmente é e o que ela realmente quer. Porém, quando negamos o erro, não usufruímos da preciosa lição nele embutido. Então, você deixa de entender que será um péssimo médico, mas que, por outro lado, seria um músico genial. Mas ser músico é coisa de fracassado, não é mesmo? Pois, para mim, fracasso é acordar tendo como primeiro pensamento o típico e fatídico “Ai, meu Deus... Segunda feira, não!”. Portanto, comece a aceitar os erros como parte do processo de aprendizado e acerte sempre.



Olha como eu sou feliz!


    Onde vejo as pessoas se negarem mais a errar é no âmbito emocional. Apesar de quase todas as pessoas serem acometidas por algum tipo de depressão, vivemos em uma sociedade onde é quase uma gafe se sentir triste, desiludido e deprimido. Da mesma forma, não podemos sentir raiva, tampouco demonstrar que não gostamos de algo ou de alguém.

    Esse padrão de comportamento vem gerando muitos prejuízos para nosso psiquismo. Sinceramente, parece que somos dotados de maestria no quesito autodestruição. Afinal, conseguimos elevar essa habilidade ao patamar de uma arte refinada.



A tristeza


    Um dos estados mais construtivos, embora também do qual temos uma total aversão é a tristeza.  Trata-se de um ótimo momento para reavaliarmos nosso estilo de vida e, muitas vezes, é causada por algum tipo de luto que deve ser respeitado. Tentar mascarar uma tristeza geralmente a torna mais forte e, agora, sim, sem nenhuma lição proveitosa. Vejo a recorrência disso em términos de relações afetivas, onde muitos casais tentam mostrar para a sociedade uma libertação e uma alegria instantânea após a ruptura, deixando de vivenciar o tão merecido luto, geralmente substituindo o antigo parceiro pelo primeiro mendigo afetivo que passar por perto. Assim, mascara-se a dor, deixando-se de olhar para dentro e aprender com esse momento de introspecção, além da perda de uma valiosa oportunidade de aprender muito sobre si mesmo. Tudo isso porque é feio não estar sempre sorrindo e, então, deixamos a tristeza de lado e colocamos aquele sorriso de plástico no rosto e seguimos nossas vidas sem vivenciar os benefícios que poderiam ser auferidos das crises, vivendo em uma sociedade de bobos alegres.




Desilusão


    Outro ótimo exemplo é quando algo ou alguém não corresponde às nossas expectativas. Ficamos desiludidos, esbravejamos furiosos ou ficamos deprimidos em um quarto escuro. Na verdade, deveríamos cultivar um pleno entusiasmo, afinal, desiludir significa parar de viver uma ilusão. E é muito melhor acordar do que viver em estado de suspensão indefinidamente. É preferível saber de uma vez que um amigo o enganava a viver sendo enganado. Mas nutrimos ódio à realidade e verdadeiro pavor à sua textura sólida e áspera. É muito mais cômodo viver uma doce ilusão, pois ela não exige nada de você. Basta se sentar e viver uma vida pálida, onde nada é questionado.



Acorde do sonho!


    Vamos, então, parar de rejeitar a realidade e interromper este nocivo confronto. Acertar e errar fazem parte dessa jornada e é esse caminho dotado de percalços deve ser vivenciado. Abandone esse seu vício em euforia e passe a perceber os momentos de escuridão, pois é com a chegada da noite que nos recolhemos, recarregamos nossas forças e amanhecemos revigorados para retomar nossa tão diversificada caminhada. 

terça-feira, 11 de março de 2014

A metafísica do amor





Passamos grande parte das nossas vidas buscando uma pessoa para compartilhar nossa existência. Na verdade, essa busca é quase uma obsessão para uma grande parte da nossa sociedade e o mais engraçado é que nunca paramos para pensar o porquê dessa necessidade visceral.
O texto de hoje tratará justamente do lado oculto das relações entre homem e mulher. Vamos entender um pouco sobre a metafísica do amor.

As polaridades da criação

Qualquer estudante de ocultismo já deve ter travado contato com o conceito básico de polaridade que rege todo o universo. Contudo, para não tornar esse texto pesado e técnico, vamos tratar esse assunto da forma mais simples possível.
Basicamente, o que nos interessa é que, quando uma força de polaridade negativa se encontra com uma de polaridade positiva, geram-se quantidades enormes de energia e é partindo dessa constatação que muitas técnicas de autodesenvolvimento produzem seus resultados tão poderosos. Unindo certas correntes energéticas de polaridades opostas em centros de força específicos no corpo, os praticantes de yôga conseguem gerar contingentes gigantescos de energia e, conseqüentemente, o yogue tem o seu estado de consciência alterado, penetrando em zonas mais elevadas, onde, geralmente, a consciência passa a se manifestar acima das emoções e da mente. Lembre-se, também, de que foi a partir do uso da força das polaridades que a sociedade moderna teve início. Simplesmente, aprendemos a utilizar com maestria o poder gerado pela união da água ( - ) com o fogo ( + ) e, assim, surgiu o motor a vapor. 

O homem é fogo e a mulher é água

Mas de que forma isso se aplica a nós, seres de carne e osso? Bem como é de conhecimento comum para quem se dedica ao estudo das leis do universo, a mulher possui polaridade negativa e, portanto, possui os atributos do elemento água, pois a mulher acalma, nutre, restaura, refresca, gera a vida. O homem, por outro lado, é de polaridade positiva e está relacionado aos atributos do fogo, afinal, o homem é análogo ao calor, caça, destrói, conquista pela força e combatividade. Então, energeticamente falando, quando ambas as forças se unem, como num intercurso sexual, por exemplo, muita energia é gerada e a magia da criação de uma nova vida se sucede.
Então, é por essa razão que tendemos a buscar sempre o nosso oposto, embora isso não signifique que buscamos alguém completamente diferente de nós. Nós apenas ansiamos pela polaridade oposta, afinal, só assim geraremos a energia necessária para o despertar de nossas potencialidades. Contudo, infelizmente, esse propósito iniciático das relações foi esquecido há muito tempo. Atualmente, movidos por um cego impulso, buscamos no outro algo que não sabemos definir. Então, esperamos muito encontrar alguém e, quando o fazemos, geralmente a energia que fora designada para gerar autoconhecimento e libertação é, nesse momento, utilizada para aprisionar, desgastar e traumatizar a ambos os envolvidos.

O fertilizante

Infelizmente, as energias conhecidas genérica e vulgarmente como espirituais operam principalmente como fertilizante, ou seja, elas apenas evidenciam aquilo que você possui em seu interior. Por isso, se executar qualquer trabalho que gere bastante energia “espiritual”, tal prática poderá lhe transformar ou em uma pessoa extremamente refinada, se, durante toda a sua jornada você se lapidar nesse sentido, ou em uma pessoa extremamente difícil de se estabelecer convivência. E é justamente por isso que algumas pessoas envolvidas com a espiritualidade são intolerantes e verdadeiras fontes de desarmonia. Agora você entende a razão pela qual os mestres trabalham tão arduamente o caráter dos seus pupilos, afinal, se não houver tal precaução, poderá irromper o que há de pior no pretendente a Daniel Sam.   
Então, o casal de pombinhos se encontra e, repletos de um vazio incomensurável, começam a flertar com a energia mais potente que existe na terra: a energia sexual. E, em pouco tempo, como não se fortaleceram o suficiente e se encontram dominados por fraquezas como posse, insegurança, medo e total falta de autoconhecimento, logo, todas essas características serão ampliadas em função da energia sexual, que é um super fertilizante. Em seqüência, nota-se que a paixão se transforma em um desarranjo cada vez maior. Todas as frustrações e carências se agigantam, tornando o potencial libertador, construtivo e inspirador de uma união poderosa em uma novela mexicana de parco orçamento.

Torne-se aquilo que você procura

Por isso, antes de sair por aí procurando delirantemente sua polaridade oposta, é melhor se trabalhar como pessoa. Quer um grande homem? Então, transforme-se em uma mulher de envergadura superior, também, valendo o mesmo para os homens. Claro que essa jornada de desenvolvimento não se aprende apenas pela leitura de um texto. Contudo, segue uma sugestão confiável de autoavaliação: enquanto você sentir a necessidade de alguém, é bem provável que você não esteja preparado para esse alguém. Seja um antes de ser dois!
    

sábado, 9 de novembro de 2013

Micromaldição

Sempre quis saber por que alguns projetos que eu tinha em minha vida corriam fluidamente para sua realização nas fases iniciais e, quando finalmente chagava o dia fechar determinado contrato para concretizá-lo ou de receber o dinheiro para sua efetivação, a outra parte simplesmente me ligava comunicando desistência do negócio ou voltando atrás no que já estava combinado havia meses! E, como uma digna criança que desconhecia as leis do universo, eu chorava, reclamava e xingava todos os panteões de deuses do plano terrestre. Paguei um preço alto para aprender que uma lei impiedosa pairava sobre minha cabeça como uma guilhotina. E o que ensinarei agora consiste em como não armar essa lâmina feroz. Bem vindo ao mundo das micromaldições.

                As maldições

                Felizmente, a magia existe e, conseqüentemente, as maldições também. Para sorte de muitos, quase ninguém entende o funcionamento das leis ocultas e, sem tal conhecimento, é impossível lançar uma maldição de gente grande. Por isso, trataremos das de menor escala, pois as maiores são super raras e sua confecção obedece a leis muito diferentes daquelas com as quais lidamos corriqueiramente.
                Primeiro, vamos entender um pouco de magia, que se resume basicamente em intenção e energia. Obviamente, um mago treinado e desenvolvido domina muitos poderes, mas tudo nasceu da intenção e da energia. O mago é um ser dotado com uma forte vontade e possui um arsenal enorme de técnicas para adensar e direcionar quantidades colossais de energia ou fluidos etéricos, os quais são utilizados para alcançar qualquer coisa. Os magos têm um conhecimento vasto sobre as leis do universo, e, por causa desse conhecimento profundo e prático, são livres, de uma forma pouco concebível para o senso comum. Nesse tópico, evitarei descrever técnicas de adensamento de energia e de fortalecimento da vontade, a fim de não possibilitar o uso imprudente, afinal, não é preciso muito para causar danos a uma pessoa comum, que não sabe se defender de ataques psíquicos.
As maldições que foram fabricadas por mestres muito bem treinados são geralmente usadas como lacres para proteger locais sagrados ou instrumentos mágicos e são tão poderosas que as intenções ali colocadas ficam mais fortes com o passar do tempo. Seu avassalador poder destrutivo já foi vivenciado por vários exploradores e arqueólogos que ousaram profanar certos locais, por exemplo. É compreensível que os veículos da informação abafem tantos desses casos, pois não é de seu interesse que as massas se sintam envolvidas por tais assuntos (segue abaixo um link com vídeos bem ilustrativos de alguns desses fenômenos). Mas essas maldições são fabricadas com consciência e fluidos etéricos poderosos são empregados no processo. No caso das micromaldições, elas são forjadas por qualquer pessoa e seu poder é significativamente mais limitado. A força desses fenômenos deve ser avaliada em termos quantitativos e, mesmo sendo de muito fácil anulação, uma pessoa que nada sabe sobre proteções psíquicas será ferida gravemente por ataques de pequenas dimensões. Não se engane, portanto. O estrago causado por esse tipo de ataque é devastador, visto sob a perspectiva de que é como se lhe atirassem pequenas pedrinhas de forma incessante e em um mesmo ponto. No início, nada se sentiria, mas, depois de alguns dias, já teríamos um ferimento. Imagine esse processo estendido em alguns anos ininterruptamente...

Como funciona?

                Basicamente, toda pessoa frustrada em algum aspecto em que você é bem sucedido irá lhe enviar uma micromaldição. Isso mesmo! Sempre que você estiver bem trajado e com boa aparência, todos aqueles que se sentirem em desvantagem irão enviar uma freqüência de destruição para você, afinal, sua presença elegante e imponente está roubando toda a atenção, minimizando as chances de os outros conseguirem o mesmo êxito. E isso ocorre em tempo integral. Quando você tem mais dinheiro, quando possui uma mulher linda como acompanhante, se for notavelmente mais inteligente, se tem um relacionamento bom com seus filhos, tudo é motivo. Mas se você for genial e pleno, então, prepare-se: agora sua cabeça está a prêmio! 
                Vimos isso acontecer recentemente com o empresário Eike Batista. Enquanto ele estava no anonimato, seus negócios floresceram, até que os meios de comunicação anunciaram-no como o 7° mais rico do mundo. Acrescenta-se o fato de ele ter tido a grande ideia de revelar isso para o Brasil e para o mundo. É claro que um homem que ostentava tal status e que sustentava a imagem de que não havia nada intangível para seu alcance, com aquele olhar de plenitude e sucesso, não poderia dar em outra. Tal exibição de triunfo acionou um exército de frustrados que não possuíam o mínimo de inteligência para alcançar o que Eike conseguiu conquistar. Então, em silêncio, uma nação torcia por seu fracasso, afinal, nessas terras, nada se dá. Somente florescem bandas de funk, pagode, axé e Neymar.
                Sem dúvida, o atual falido empresário cometeu vários erros, mas é justamente isso que as emanações negativas o compelem a fazer: elas embaraçam seus sentidos, de forma que erros primários são cometidos. Como meio de comprovação, basta olhar para as manchetes. Veja como o nosso país celebra descaradamente o fracasso desse empresário. É quase possível ouvir as gargalhadas malignas cada vez que o nome Eike Batista é citado.  E muitos outros casos podem ser citados, tais como o de Anderson Silva, Airton Sena, Bruce Lee, etc. Então, aprenda uma coisa: se você pouco ou nada sabe sobre proteção psíquica, é melhor não falar do seu sucesso ou sobre seus planos para ninguém. Quando eu digo ninguém, quero dizer ninguém absolutamente, afinal, os ataques mais fortes são provenientes inclusive dos familiares. 
 
   Como me proteger?
                Bem, existem várias formas de desviar esses ataques, embora eu apenas possa ensiná-las pessoalmente e não por um texto. A melhor coisa, a princípio, é ficar calado e não mostrar que tudo está indo tão bem como se esperava. Sempre que for interrogado sobre sua vida pessoal, procure desviar-se com perspicácia do assunto e, se for sobre negócios, nunca revele detalhes. Diga sempre que “as coisas estão indo”... Afinal, para quê as pessoas de fato precisariam dessas informações?
                Lembre-se de que pessoas comuns falam sobre pessoas e pessoas geniais falam de ideias. Então, pare de falar sobre si mesmo e vá filosofar, encontre assuntos mais interessantes. Mas, se quiser continuar se mostrando para o mundo, esteja pronto, pois, muito provavelmente, quase todos que você conhece aguardam ansiosamente a sua queda. O segredo de uma vida feliz, portanto, está em ser discreto.
Ah! Isso inclui se expor menos no Facebook...    
                               
                     
               

                

sábado, 24 de agosto de 2013

Do que você pensa que gosta?

Muitas vezes insistimos com padrões de comportamento destrutivos, com relações desgastantes e contraproducentes. E, mesmo que pagando um preço alto, nossa única justificativa é a de que gostamos de determinado hábito ou de alguém. Neste texto, vou revelar o segredo de como ter uma vida plena e rica em todos os sentidos, quando você, então, passará a entender que, na verdade, não gosta de nada nem de ninguém, mas, sim, habituado a uma certa condição. E o segredo do sucesso é nos habituarmos às coisas certas.

Animais de hábitos

Sei que é embaraçoso admitir certos aspectos de nossa natureza, mas, quanto mais entendemos o psiquismo humano, mais concluímos que a maior parte de nosso cotidiano é regida por nossos instintos. Por mais que tenhamos nos autopromovido ao status de Homo sapiens, no fim, somos apenas animais bípedes e trôpegos. E poucos são aqueles que conseguem pensar por conta própria, seguindo, então, por caminhos menos convencionais e menos nebulosos. Mas qualquer um pode aprender as regras do jogo e como usá-las a seu favor. Só assim ingressamos no seleto clube dos Homo sapiens!
Temos uma tendência muito evidenciada de valorizar as coisas e as pessoas de quem gostamos em detrimento de todo o resto, como se nada mais tivesse o mesmo brilho ou sabor. O nosso é sempre o melhor e mais apetitoso, mas, na verdade, você só está acostumado, habituado e condicionado a usar aquele produto ou a conviver com aquela pessoa. Acaso você já viu alguém tragar um cigarro pela primeira vez e expressar aquele prazer enorme que alguns fumantes veteranos sentem depois de passar um tempo sem os benditos nocauteadores de pulmões? Geralmente, o novato inexperiente engasga, exibe uma expressão de terror, como se o próprio famigerado Jason o estivesse estrangulando. Mas o gênio, mesmo depois dessa experiência aterradora, continua insistindo até que, um belo dia, não consegue mais deixar de ser uma chaminé e embora tal vício implique uma verdadeira sentença de morte, são poucos os que conseguem superá-lo. Muitos trocam ou trocariam a vida por mais algumas tragadas. O mesmo se aplica aos relacionamentos, afinal, ninguém encontra uma pessoa uma única vez, independentemente do quão simpática e interessante ela seja, e, no final do encontro, quando ambos se despedem, ninguém entra em uma crise de choro, argumentando que não vive mais sem a outra, tampouco procura um terapeuta para superar a separação. Normalmente, voltamos para casa e, em muitos casos, não damos muita relevância ao primeiro encontro. Contudo, bastam alguns meses para que uma pessoa sem importância nenhuma para sua vida se torne a mais insubstituível de todas. E o pior é que, geralmente, escolhemos as mais desinteressantes. Parece que só almejamos companhia para ir ao cinema ou para prestar uma satisfação social. Porém, na maioria dos casos, uma árvore desempenharia o mesmo papel que a pessoa escolhida para ser a cara metade.
Os exemplos acima foram apenas para dar uma idéia remota do poder de um hábito, pois, obviamente, eles também estendem seus tentáculos para todos os aspectos do nosso ser, moldando e definindo vidas e aumentando ou aniquilando chances de sucesso. Portanto, se você almeja algo, é melhor viciar-se em todos os padrões que possam te conduzir a seu objetivo.

Quer ser bem sucedido? Aja como uma pessoa bem sucedida!

Infelizmente, o mundo criou um estereótipo muito pobre do que é ser bem sucedido e nós, brasileiros, cultivamos essa perspectiva medíocre, que se acha bem enraizada em nossa cultura. Temos a tendência de achar que ser uma pessoa de sucesso equivale a possuir muito dinheiro. Claro que o dinheiro integra o processo, mas não é o requisito decisivo. Então, sejamos mais abrangentes aqui, pois conheço muita gente milionária e com carreiras impecáveis e consolidadas, mas que ainda não são pessoas bem sucedidas e nem se sentem como tais simplesmente porque existem outros pilares em suas vidas que estão na mais completa ruína.
O grande segredo para se alcançar a plenitude é começar a viver agora, neste exato momento, como gostaríamos que nossa vida fosse realmente. Mas isso envolve uma reavaliação de todos os nossos hábitos. O que você faz agora condiz com suas aspirações ou te impulsiona rumo ao objetivo almejado?  Sabendo disso, você só precisa, literalmente, viciar-se em pessoas, lazeres e em ambientes que não te onerem, mas, sim, bonifiquem, o que não significa andar com pessoas ricas e muito menos frequentar restaurantes caros. Devemos buscar pessoas plenas, ambientes leves e alguma forma de entretenimento que agregue tudo isso e ainda traga saúde e muito prazer. Devemos nos viciar ao que nos confere lucro e riquezas universais, em todos os aspectos de nossa vida. Quando focamos apenas no dinheiro, viramos garotas de programa. Elas vendem o sexo, enquanto muitos de nós vendem tudo! Então, pondere o que não está lhe rendendo retorno pleno e troque. Dinamize os focos de energia estéril em sua vida.
E lembre-se de que não é fato que você não goste de ler, de ir ao teatro, nem de fazer exercícios. A questão é que você apenas não está habituado a tais atividades. Não existe caminho para o sucesso, pois o sucesso é o caminho. Basta se habituar a ele.

Como criar o hábito

O hábito apresenta uma fórmula para ser construído e, para criar um bem sólido, é preciso conhecer a ciência por trás de sua criação.
Basicamente, precisamos repetir algo com frequência, a fim de que a atividade em questão faça parte do nosso ser. Mas apenas repetir não basta, pois é necessário tempo e certa constância. É suficiente manter a constância por um período de três meses, pois a fixação se inicia exatamente nesse prazo e, caso o hábito seja mantido por mais um trimestre, o vício pode ser considerado consolidado. Fácil, não é?
Então, recomendo que, no início de qualquer atividade, o enfoque não recaia sobre os resultados e, sim, na construção do novo hábito, pois, quando sua criação estiver edificada, torna-se um ímpeto automático. Afinal, alguém te convenceria a sair de casa sem escovar os dentes pela manhã? Pois bem, o fato de quase ninguém suportar a idéia de não escovar os dentes ao acordar é simplesmente um exemplo de um hábito muito bem construído. E o segredo do sucesso é construir apenas hábitos saudáveis e que acarretem retornos positivos. Além disso, também é imprescindível romper logo no início as relações e atividades que nada prometem além de muitas perdas. Lembre-se de que um hábito bem construído é um padrão para toda a vida, apenas foque em sua concepção, pois o resto será apenas conseqüência. No fim, basta relaxar e colher os frutos.

O caminho do prazer

Você já deve ter percebido que nosso corpo é uma máquina de sentir prazer, um arranjo multissensorial. Na verdade, essa é a única forma de ensinar ao nosso corpo, através do prazer. Sempre que iniciar uma atividade qualquer que resulte em muita dor e desconforto ao corpo, ele irá rejeitar a hipótese de repetir a dose. Isso é porque você causou um trauma em todo o seu sistema sensorial e, agora, aquele ato ficou registrado em seu psiquismo como algo que machuca e fere o corpo. Por isso, tantas pessoas não conseguem se exercitar, pois elas transformam qualquer modalidade em uma requintada sessão de tortura. Obviamente, após uma experiência tão cáustica e sofrida, quem gostaria de repeti-la?
Então, comece com novos padrões de forma bem prazerosa, afinal, o importante não é a quantidade e, sim, a constância. Quer emagrecer? Então, não comece com uma dieta, mas faça, primeiramente, uma redução do contingente normalmente ingerido. Isso é menos agressivo e é mais adequado que partir logo para uma restrição alimentar. Poucos são os que obtêm sucesso com mudanças bruscas. A princípio, reduza sem alterar seu cardápio corriqueiro e, quando essa situação se tornar confortável, passe a acrescentar elementos de uma dieta em seu cotidiano. Assim, de forma prazerosa e gradual, dificilmente você fracassará. O mesmo se aplica aos exercícios físicos. Se for caminhar encerre a atividade antes do prazer acabar, pois, lembre-se de que o corpo precisa sentir deleite. Assim, tornamos o processo fluido, pois estaremos apenas trocando um prazer por outro. Seguindo essa linha de raciocínio, portanto, se quiser tornar-se um leitor voraz, basta começar com apenas uma página por dia.
Essa é a forma mais fácil de se conceber um hábito. Não importa o tempo, a quantidade ou os resultados, mas, sim, a constância prazerosa. Somos um complexo sensorial e o prazer, portanto, constitui nossa maior busca. Respeite essa premissa básica e tudo será possível.

Seja genial

Agora é só dar evasão às coisas boas e edificantes que você sente latejar em seu interior. Perceba o que você realmente almeja e estabeleça uma aliança com tudo aquilo que o eleva. Torne-se genial, seja tudo aquilo que você pode ser e habitue-se a essa invencível condição!  
    

Autor: Roger Ramos


sábado, 3 de agosto de 2013

Vampiros





O vampiro é um dos personagens mais adorados da imaginação e sua origem é tão sombria quanto as sombras dentro das quais este ser aguarda suas vítimas. É óbvio que esses seres existem, embora a realidade não seja tão charmosa e sexy quanto é na fantasia. E, na maioria dos casos, o vampiro não vem de um lugar distante e não precisa pedir permissão para entrar em sua casa, sendo bem provável que ele já more com você e, talvez, pode até ser um dos seus pais ou namorado(a).

Todo mundo já deve ter se encontrado com um amigo ou um desconhecido e, logo em seguida, ficou esgotado e sem forças. Se isso aconteceu com você ou está acontecendo, é certo que você travou contato com um vampiro. Sua energia vital foi extraída do seu sistema, de seu sangue e você sentiu os efeitos de uma típica depleção energética.

Esse texto é para te ajudar a reconhecer um vampiro comum, pois existem muitos por aí, porém, utilizando sempre a mesma tática, que consiste em roubar toda a atenção de suas vítimas.





Por favor, me ame!





Como já comentado em outros textos, nossa sociedade tem o grande hábito de cultivar conceitos sem saber o que realmente são. Portanto, para começar a desfazer os mitos, vou, primeiramente, elucidar o amor, pois nunca vi algo confundir tanto nossa cultura. Cada um expõe sua versão, relaciona com mil e uma expectativas, de forma que a afirmação “eu te amo” se tornou assustadora a meu ver. Afinal, dependendo da história de vida da pessoa que o afirma, de seu desenvolvimento pessoal e com quais expectativas ela relacionou tal famosa frase, ela pode ser a maior das maldições que alguém poderia lançar, pois, quando, em geral, alguém declara que ama outra pessoa, na verdade, legitima-se que, a partir daquele momento, você se tornará escravo e supridor de todas as carências daquele que diz amar. Por isso, cuidado com aqueles que declaram amar intensamente. Você pode estar conhecendo seu futuro ditador.

Mas como o amor se relaciona com o vampirismo? Bem, é pelo fato de o amor, na verdade, não se tratar de um sentimento. O amor é uma ação, a ação de prestar atenção. Todas as vezes em que você presta realmente atenção em algo ou em alguém, você está amando o objeto de sua atenção, pois projeta-se energia vital para o ser observado. Por isso gostamos tanto de receber atenção e almejamos intensamente a fama, pois o fato é que, quando alguém presta atenção, nós estamos sendo energizados, a pessoa em questão nos transformou em seu ponto de interesse  está nos enviando muita energia . Agora, imagine a quantidade recebida por um artista com uma platéia gigantesca. Ele recebe força e vitalidade inimagináveis e, por isso, faz tudo para manter os holofotes sobre si. Não se trata de dinheiro, pois a maioria já tem mais do pode gastar. Eles mantém suas performances para focalizar as atenções. E é essa transferência de energia dirigida para outrem que se denomina amor. Então, se você não estiver prestando realmente atenção, você não está amando nada e nem a ninguém.

O problema é que essa energia que nós recebemos dos outros é extremamente prazerosa, viciante e ela é necessária para a construção de um psiquismo forte e saudável. Mas essa construção deve ser sedimentada na infância, sendo os pais responsáveis por prover seus filhos com essa energia, o que, infelizmente, raramente acontece. Quando uma pessoa cresce com essa carência de atenção ou amor, torna-se um adulto com bases energéticas muito frágeis, passando a ser compelido automaticamente a compensar tal débito com a energia dos outros e se tornando um vampiro legítimo. Entendido agora?




 Dramas de controle




É atributo da natureza humana refinar hábitos e desenvolver ciências e, como não poderia ser diferente, sofisticamos, também, a arte de roubar a atenção ou amor alheios. A essa “tecnologia” conferimos a denominação “drama de controle”. E é sobre essa forma de vampirismo que vamos falar agora.

Basicamente, a técnica consiste em chamar e prender a atenção de uma pessoa.  Existem alguns métodos bem comuns que serão descritos, a fim de que você possa perceber rapidamente esse tipo de ataque. Ensinarei, também, como quebrá-lo. 




            O “coitadinho de mim”



Esse é o método mais comum e, também, o mais fácil de ser quebrado. Basicamente, a pessoa que tenta roubar sua energia se faz de vítima, o mundo inteiro parece estar contra ela e, segundo seu discurso melodramático, ninguém gosta dela, também. Esse tipo de pessoa é muito fácil de detectar, pois reclama a todo o momento. Reclama do trabalho, da saúde, dos filhos, do clima, de falta de dinheiro, ou seja, a lista não tem fim. E, quando você soluciona o problema para ela, automaticamente, será levantada uma nova barreira. Então, você tenta uma solução ainda mais criativa, mas, para sua surpresa, a criatura já está com outra dificuldade na ponta da língua e, ainda por cima, com lágrimas nos olhos. Tadinho! Contudo, você precisa entender que ele não quer soluções, mas, sim, sua atenção e, portanto, nada mais eficiente que chorar e travestir-se de fraco para que todos lhe devotem toda atenção ou amor. Nossas mentes judaico-cristãs não resistem a um rosto lavado por lágrimas, afinal, nosso mais expressivo símbolo de devoção é a imagem de um homem agonizando numa cruz.

Para quebrar o ataque de um "coitadinho de mim", basta não mostrar o menor interesse por seus dramas. Rapidamente, ele o deixa em paz e vai em busca de outra pessoa que não contorne suas artimanhas. Além disso, evite o remorso por ignorá-lo, pois o ator descrito não teve escrúpulos ao lhe drenar e acabar com o seu dia. 




           O distante



Agora entramos no terreno dos casais, pois, nesse contexto, alimenta-se o mito de que a atenção que recebem mutuamente vai durar para sempre. No início da relação, costumamos ficar fascinados com a quantidade de energia que recebemos do ser amado. É tanta energia que passamos a ver o mundo mais colorido, os olhos cintilam, o corpo parece mais leve e a vida passa a fazer sentido. Mas todos esses efeitos ocorrem justamente porque a energia trocada pela atenção absoluta que é reciprocamente ofertada no início somada à mágica da energia sexual gera um frenesi. O par de pombinhos se entrega à ilusão de que se bastam e, assim, não tarda para que se desconectem da fonte cósmica de energia. Por fim, quando a novidade se arrefece, também se esvai a atenção ou o amor conforme explicado acima. Então, a energia, outrora farta, finda e o casal se vê impelido a contrabandear amor mutuamente. Os casais, geralmente, usam todos os tipos de drama de controle. São vampiros de primeira categoria.

O processo, numa ordem progressiva de desenvolvimento, costuma se dar da seguinte forma: 1) em conflito, qualquer um dos dois costuma se isolar e ficar com aquela cara de paisagem distante e misteriosa; 2) o distante anseia que você faça a pergunta mágica (“o que você tem?”); 3) pronto! Ele, agora, sabe que tem sua atenção e não vai abrir mão dela. Tenderá a manter o ar distante e misterioso até...; 4) caso você resista em dirigir sua atenção ao peregrino dos áridos desertos, ele geralmente troca o drama, tornando-se mais agressivo.

A melhor forma de desarmar esse personagem é orientando a pessoa a não prosseguir com aquilo, disponibilizando-se para ouvi-la quando desejar procurá-lo ou quando seu humor estiver mais apaziguado. Logo em seguida, retire-se e vá cuidar dos seu projetos e tarefas, não alimente o ciclo.





O interrogador



Esse é o método predileto dos vampiros que ocupam cargos de gerência ou liderança. O drama costuma se desenrolar mais ou menos assim: 1) uma pessoa lhe dirige várias perguntas até que você cometa um erro e se martirize por isso; 2) assim, ele tem sua atenção e o subjuga e, agora, você se vê rebaixado e burro, permitindo que sua energia seja roubada facilmente.

Trata-se de um método muito eficaz e, a cada ataque, a vítima se sente cada vez mais fraca e sob controle, uma vez que se sente inferior, tornando-se suscetível a outros vampiros eventuais, independente do recurso de ataque habitual. Para quebrar esse tipo de ofensiva, peça à pessoa que pare de lhe fazer tantas perguntas e que o deixe em paz. Mas, caso seja o seu chefe, simplesmente não se envolva emocionalmente no interrogatório e, tão logo ele perceber sua impenetrabilidade, não recorrerá mais à agressão psicológica. Obviamente, os chefes costumam ser os piores vampiros e utilizam todos os dramas com proficiência, pois estão no topo da cadeia hierárquica, não sendo necessário ocultar sua tirania.

Tenha cautela! Se necessário, mude de trabalho, pois os estragos no seu psiquismo podem ser irreversíveis.



O agressor



Esse é o método mais degradante de todos. Basicamente, o vampiro rouba a atenção e subjuga sua vítima através da agressão física e verbal. É por isso que assassinos costumam relatar um prazer imenso ao tirar a vida das suas vítimas. Claro que, nem sempre, uma pessoa que utiliza esse drama chega ao ponto de matar alguém. Mas não se deve tolerar uma pessoa com o perfil descrito em nenhuma hipótese.

Para não atrair esse tipo de vampiro, nunca passe uma imagem fraca, de uma pessoa que não sabe se defender. O psiquismo de uma pessoa com esse tipo de drama de controle funciona como a de um predador: ele só ataca os fracos, os doentes, os vulneráveis, por fim. Se um dia se deparar com um desses, enfrente! Baixe a cabeça e nunca mais terá sua vida de volta.




 Somos todos vampiros


Todos nós temos dramas de controle e, antes de sair diagnosticando-os nos outros, olhe para si e elimine os que você identificar. O furto de atenção, amor ou energia de outrem não é saudável para nenhuma das partes.

Por outro lado, o vampirismo é, em alguns meios ocultistas, uma ciência que transcende a descrição que expus aqui. Mas os tipos aqui explicitados são os mais comuns e, dificilmente, você encontrará uma pessoa assumidamente vampira com técnicas mais sofisticadas para roubar energia. Um ataque de um vampiro real e treinado vai exigir um outro tipo de defesa. Entretanto, tranqüilize-se, pois eles são raros. Os mais corriqueiros e que atuam na nossa vida não são poderosos, tampouco fascinantes, sendo apenas pessoas comuns, pagando o preço por terem nascido num berço onde o essencial fora esquecido.

Por favor, preste atenção nos seus filhos!

Autor: Roger Ramos