terça-feira, 25 de setembro de 2012

A birra nossa de cada dia






               Em um final de semana prolongado, viajei com minha família e me hospedei numa pousada linda. Ela ficava no meio de uma mata cercada por montanhas, possuía cinco cachoeiras privadas e belas instalações.  Fui para lá, pois estava precisando de um bom descanso. Mas isso não aconteceu.

                Meu filho de dois anos de idade estava conosco e eu achei que ele iria se divertir demais com todo aquele espaço verde para correr, pular, etc. E, apesar de ter todo aquele mundo para se divertir, ele só reclamava. Pedia-me para ir para a piscina e, quando chegávamos lá, ele já queria voltar para quarto para ficar com a mãe. Enquanto fazíamos o caminho de volta para o quarto, ele pedia para brincar no parquinho e, uma vez lá, queria todos os brinquedos de uma só vez. Não tivemos descanso, pois a brincadeira predileta dele era empurrar as cadeiras da varanda do nosso quarto e pedir, pedir, pedir. 

                 Amo o meu filho, mas aquilo me deixou esgotado e eu pensava: como pode possuir tanto e não se divertir? Afinal, a última coisa que ele fez foi brincar. E foi quando eu já estava no limite do cansaço, uma voz interna me disse: você é igual a ele, tem em sua vida um monte de caminhos e potencialidades, mas prefere ficar reclamando e querendo, querendo, querendo. 

               É justamente assim que a maioria de nós vive: como crianças mimadas, reclamado de tudo e querendo de tudo. Não tem problema algum falar que algo está ruim, mas nós reclamamos o tempo inteiro

O vício

            Sempre que nós mantemos um padrão emocional por muito tempo, ele acaba sobrecarregando o sistema. Todas as emoções são necessárias para o nosso desenvolvimento pessoal, mesmo aquelas que não apreciamos. Mas, infelizmente, somos viciados nas emoções de alta frequência. Queremos estar eufóricos o tempo inteiro, confundindo isso com felicidade e, quando as coisas a nossa volta não estão proporcionando esse estado excitante, nós reclamamos. Falamos mal uns dos outros, birramos com o calor ou com o frio, com a roupa que o colega está usando, brigamos no trânsito e no trabalho. Na verdade, a busca pela tal da “felicidade” nos deixa burros, pois, quando não estamos nos sentido bem, acabamos rejeitando a realidade e não aprendemos com o que está nos causando desconforto. Apenas queremos sair daquele estado e, então, vamos beber e encher a cabeça de drogas. Homo sapiens? Acho que erraram na nomenclatura. Não existe caminho para a felicidade, a felicidade é o caminho.

Aceitando a vida

            Experimente passar uma semana sem reclamar de nada. Claro que você pode comer algo e não gostar, mas, procure não colocar energia emocional nisso. Pare de comer ou tempere com uma pimentinha para ficar mais gostoso, mas não faça barraco e nem barraquinha. Se alguém fizer uma barberagem no trânsito, não grite que nem louco, pois, lembre-se de que, na cabeça do outro motorista, a culpa foi sua; se vir alguém mal vestido na rua, não critique, pois não é da sua conta; se você não pode mudar algo, então, relaxe. Lembre-se de que, toda vez que você “birra”, um pouco da sua energia é queimada e nós consumimos muita energia com coisas sem importância e que estão fora do nosso controle. Saímos e, quando voltamos, não temos mais energia nem para dar um olhar carinhoso para as pessoas que amamos, afinal, ela foi toda usada nas birras do dia-a-dia.

Mas vou virar um zumbi, então?

            Não, na verdade deixará de ser um, pois essa sobrecarga emocional te deixa cheio de si e de tudo e o seu céu sempre estará nublado, não deixando com que veja o que está na sua frente. Estou propondo que você troque o turbilhão de emoções caóticas por um estado mental sereno. E você só precisa se tornar adulto, aceitar as regras e ser o único responsável por sua vida. Apenas teste e veja como é viver com os olhos abertos. Faça-o por uma semana, da melhor forma que puder e, lembre-se: não é deixar de sentir e, sim, deixar que tais emoções se vão. Enfim, se não pode mudar algo, relaxe. O trânsito é uma dessas coisas que está fora do seu controle, então, paciência.

O teste final

            Depois que você estiver se sentido um expert, você pode fazer o teste final: pegue o telefone e ligue para o telemarketing da Net, Tim, OI, Claro, etc. Boa sorte!

Autor: Roger Ramos

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Bebês Dourados


Bebês dourados

O mundo passa por um processo de mudança de vibração energética, que se manifesta, principalmente, pela vinda e nascimento em número notável das “crianças douradas”. Esses seres são os ditos Budas e Jesuses, com extrema sabedoria inata que, nem sempre, é captada pelos que estão em volta. São artistas por natureza, são a arte em si mesma e dela precisam para sobreviver. Só sedentam por expressar a beleza de tudo e, aparentamente, nascem sem ônus kármico algum, sem propósito coerente com as demandas culturais de seu tempo, vêm ao mundo íntegros e limpos, prontos para prosperar em qualquer coisa. Os guias espirituais, magos e médiuns atuais já não detêm mais do poder de identificar os “seres de ouro”, pois sua vibração precisa de mais refinamento e já está obsoleta. É preciso galgar etapas mais avançadas de desenvolvimento para que se possa vê-los em todo o seu esplendor e magnitude.

Os “anjos dourados” vêm ao mundo, primeiramente, para salvá-lo das calamidades e, também, para mudar a vibração coletiva, sutilizando-a. Eles vieram atendendo a um clamor de socorro emitido pelo planeta, que já vem dando sinais muito evidentes de que vem desvanescendo. Esses seres são frutos de relacionamentos adequados, o que significa dizer que são produto do encontro poderoso de um Shakta com sua Shaktí. Teoricamente, todo filho advindo do contato amoroso de um homem e de uma mulher deveria ser um “ser de luz”, mas a profusão de casamentos indevidos trouxe como consequência uma orla de espíritos de “baixo escalão”, que vibram numa frequência hostil às condições do planeta. Por fim, os casamentos desafortunados constituem verdadeiros portais para a emergência de seres negros.

É lei universal que, um dia, a mulher almeje um companheiro. Mas o que, na verdade, ela busca é um guardião que não apenas proteja ela e seus filhos, mas também sua majestade, pois toda mulher é uma rainha inata, uma deusa de beleza inegável e atemporal. A mulher é a Terra sob a forma de um microcosmo e manifesta todos os seus aspectos, como a maternidade, o movimento, o mistério e a sutileza. Assim, o marido ideal, o Shakta, protege a integridade de sua esposa e também seus poderes e suas potencialidades. Juntos, esse casal forma uma única entidade indestrutível, há mútua complementação, compreensão, suas vidas fluem sem percalços e não há como cogitá-los separados. Assim deveriam ser os lares. Se assim fosse, os “seres de ouro” seriam ainda mais constantes e o planeta certamente conheceria a paz efetiva. Todas as mulheres são, portanto, mães em potencial de “bebês dourados”, mas, muitas vezes há escolha infeliz de parceiros e, além disso, é freqüente que só no término de suas vidas, já estéreis, atinjam nível satisfatório de lucidez e sabedoria para serem mães dessas crianças.

O “mago dourado” típico despreza seguidores. Sábio, ele sabe que qualquer um, pela via do autoconhecimento, consegue atingir o mesmo patamar em que está. Autoconhecer-se significa buscar os fragmentos de si mesmo, trazer à tona as próprias sombras, limpando-as das máculas e unindo os estilhaços. Os “seres de luz”, ao contrário, já estão íntegros, já dominam as verdades envolvendo a própria essência e as leis naturais. O desenvolvimento desses entes consiste apenas em saber manejar os poderes que têm. É como se dispussem de um extenso arsenal de ferramentas engenhosíssimas cujos modos de operação ainda precisam aprender. Portanto, é comum que esses seres passem despercebidamente, já que, além de não corresponderem ao paradigma do líder ideal, muitas vezes são levados a acreditar que suas intuições naturais são loucuras ou ilusões ou que são apenas pessoas comuns com certo grau de inconformismo. Só mesmo pela via da mudança de vibração, assim, é possível constatar que se está na presença dessas pessoas dotadas de grandes talentos.

Autora: Letícia Cabral

As Sombras


As Sombras

Existe em nós uma quantidade enorme de aspectos: você tem um lado triste e alegre, filósofo, entre outros, como também possui várias potencialidades latentes, tais como poder ser um poeta, um escritor, ter capacidades intelectuais acima da média, dons para se comunicar com outras esferas ou dimensões, ter uma sexualidade exacerbada, a lista não tem fim. E cada pessoa nasce com uma variedade especifica de aspectos. A essa combinação única em cada um eu chamo de essência.
    Só que, num contexto sociocultural, somos motivados a viver quase em total desacordo com nossa essência. Então, pegamos um monte de pedaços de nós mesmos que a sociedade, família ou grupo social não aprova e escondemos. E o fazemos tão bem que nem sabemos que tínhamos aquilo em nós. Muitas vezes, deletamos capacidades antes mesmo que elas se desenvolvam e tudo isso para sermos aceitos, bem vindos e bem vistos pelos olhos dos outros. Esse lugar, o depósito de sucata onde deixamos morrer à míngua tantas formas de nós mesmos é conhecido como “As Sombras”. E tudo que é enviado para as sombras se transforma em monstro.
Dessa forma, todas aquelas potencialidades e dons que nascem em nós podem parar nas sombras e nos assombram para o resto das nossas vidas. Para que fique mais claro, vejamos alguns exemplos corriqueiros na vida dos homens em particular e, depois, na das mulheres, pois, geralmente, homens sofrem repressões em sua essência que as mulheres não sofrem e vice-versa.


Aspectos que os homens levam para as sombras

Os homens são ensinados a não sentirem nada, não podem demonstrar fraqueza, dor, medo ou romantismo. São incentivados por frases como “quem é homem não chora, cara!” ou, então, são intitulados gays só porque demonstram sinais de sensibilidade artística ou por se mostrarem verdadeiramente apaixonados por uma mulher. Enfim, quaisquer evidências de refinamento e até mesmo de inteligência são considerados ofensivos e são, portanto, censuradas.  
Mas para onde você acha que vão todos esses sentimentos que esse jovem rapaz oprimiu e deixou de expressar? Eles vão para o lado negro, onde a luz não chega mais. Um dia, contudo, esses aspectos voltam, mas complemente deformados. Voltam com uma acidez enorme, com raiva, agressividade, etc.


Aspectos que as mulheres levam para as sombras

As mulheres sofrem um golpe mais severo que os homens, pois, além de podarem uma quantidade enorme de potencialidades, elas ainda matam quase por completo a energia primordial de todos os seres do planeta: a energia sexual. Não vou me estender muito em se tratando dessa energia, pois seria necessário um artigo inteiro dedicado somente a ela, portanto, me aprofundarei nesse assunto em outro post. Mas posso te garantir que o tolhimento dessa energia tem consequências devastadoras para o psiquismo e para físico de qualquer ser vivente, bastando apenas que você observe o que acontece com um animal que é castrado: ele perde todo o brilho e agressividade. As mulheres, embora não sejam castradas fisiologicamente, são circuncidadas na alma, o que tem os mesmo efeitos do procedimento físico. Agora você entende o porquê de tantas mulheres não conseguirem engravidar ou então de passarem meses ou até anos tentando, de mulheres frigidas, que não conseguem ter orgasmos. Claro que existem muito mais coisas que não vou expor aqui agora, afinal, o texto é apenas para iniciar o leitor, para que se entenda uma das causas pela qual estamos aprisionados a um ciclo de desarmonias sem fim. 

Imagine alguém que não tem a intenção de fazer nada de mal para você. Algo que, na verdade, era uma das suas partes mais nobres que apenas te engrandecia e trazia felicidade e que, mesmo assim, foi obrigada a viver nas trevas, no frio e no esquecimento. Imagine a revolta que você sentiria se isso lhe acontecesse.
Agora, esse jovem rapaz ou moça, já com 15 anos de idade e com a maior parte da sua essência vivendo nas sombras, se sente perdido, nervoso, agressivo, se rebela com tudo e com todos, afinal, ele quer se vingar daqueles que sufocaram sua alma. A escola é seu alvo predileto, pois é o maior opressor de todos. Seus pais também merecem sofrer, pois nunca prestaram atenção nele e o entregaram de mãos beijadas ao sistema. Mas torturar os outros não alivia seu tomento. Ele continua ouvindo o uivo dos lobos em sua cabeça, pois as sombras nunca dão trégua.
Aqueles que não suportam a Guerra dos Demônios dentro de si geralmente se entregam às drogas e a outros processos de autodestruição. Aqueles que fingem que sobreviveram se tornam zumbis. Com corpos e mentes deformados, esses adultos seguem com suas existências sonâmbulas, vivendo de pão e circo, de novela em novela, de copa do mundo e cervejinha. Mas seu olhar pesado e expressão carrancuda dão uma boa idéia do seu grau de infelicidade. Entretanto, aqueles que conseguem realmente trazer da escuridão todas as suas partes, estes usufruem de uma paz vitoriosa, inquebrantável e possuem aquela expressão que só vemos nos olhos de um leão.


Mas, e agora?

Agora é hora de renascer, de fazer as pazes com suas sombras. Resgate-se, veja e sinta o que você escondeu de você mesmo. Mas faça isso sem sofrimento, se perdoe, faça o caminho inverso, afinal, está tudo aí dentro esperando pela chave que você tem em suas mãos.
Continue lendo o blog, pois, cada texto aqui postado é uma peça para montar o quebra-cabeça. Mas lembre-se que os artigos que você encontrar aqui servem apenas para aguçar sua vontade de pesquisar mais profundamente o seu ser. Agora saia e beba toda a tempestade!


Autor: Roger Ramos    Tel: 31 9155 9682